11/07/2019 às 16h56min - Atualizada em 11/07/2019 às 16h56min
Para evitar desgaste da reforma, governo faz articulação para manter economia da Previdência
O plenário da Câmara deve analisar os destaques que podem alterar a reforma da Previdência
MBL NEWS
Deputados governistas comemoram aprovação do texto-base da reforma da Previdência no plenário da Câmara. Foto: Luis Macedo/Agência Câmara Após a aprovação do texto-base da reforma da Previdência na noite de quarta-feira (10), o plenário da Câmara dos Deputados vai analisar nesta quinta-feira (11) os destaques (sugestão mudanças no texto) para a proposta que podem alterar toda a PEC.
Os partidos pretendem sugerir alterações em pontos essenciais da reforma como o tempo mínimo de contribuição e o cálculo do benefício, o que impactará a economia estimada que a reforma trará aos cofres públicos. O governo tenta articular com os líderes das bases para garantir que a oposição não obtenha vitória nessas votações para mudar o texto.
A líder do governo no Congresso, deputada Joice Hasselmann , declarou que o risco de mudanças em pontos centrais da reforma podem gerar uma perda fiscal de até R$ 300 bilhões. O governo, quando anunciou o texto base da reforma, garantia uma economia de até um R$ 1 trilhão em 10 anos.
Na noite de ontem após a votação, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, optou por suspender a sessão para conseguir ter votos necessários para blindar o texto-base já aprovado.
A esquerda derrotada na votação, pretende lançar várias medidas para alterar a reforma e desgastá-la. Já entre os destaques mais danosos à economia fiscal da reforma, está o do nº 13, do PT, que retira do cálculo das aposentadoria o pagamento de 60% da média dos salários depois do trabalhador completar 20 anos de contribuição, subindo 2% a cada ano de trabalho adicional. Ao retirar essa parte do texto, o pagamento será integral para quem contribuiu apenas o mínimo exigido pela reforma.
O PSB pretende alterar a exigência de tempo de contribuição de 20 anos para os homens, mantendo os atuais 15 anos.
O governo espera agora conseguir quorum necessário para evitar esses desgastes, evitando uma derrota para a oposição. Após a votação do segundo turno, o texto seguirá para o Senado.