Ministro diz que governo estuda reformular produção de combustível nuclear

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, declarou que o governo Bolsonaro e o Ministério estão estudando reformular o segmento de produção de combustível nuclear no Brasil. O objetivo é elevar o país na disputa do mercado internacional de combustível.

Segundo Albuquerque, a energia nuclear terá participação maior na matriz energética brasileira nos próximos anos. Junto ao programa do próprio governo, o Ministério pretende abrir a mineração de urânio para empresas privadas, algo que já havia sido proposto pelo ex-presidente Michel Temer.

Ainda de acordo com o ministro, as Indústrias Nucleares do Brasil (INB) estão a capacidade de investir que, por ser uma estatal que depende diretamente da receita do Tesouro Nacional, a empresa tem dificuldades para levantar recursos em meio a crise fiscal.

O Brasil é um dos três países com reservas de urânio e tecnologia para produzir combustível nuclear, ao lado de Estados Unidos e Rússia. Tendo isso em vista, o ministro ressalta a importância de contemplar as necessidades deste setor.

O governo planeja destravar a usina “Angra 3”, que esta inativa desde 2015, além de querer criar mais 3 usinas até 2030. Atualmente, com duas usinas na central nuclear de Angra, a energia nuclear responde por 1,2% da capacidade de geração de energia no país, informa a Folha de São Paulo.


A pasta do Ministério visa atrair o investimento do setor privado, já que o orçamento da União pode não ser o suficiente. Albuquerque afirmou que é de grande interesse de empresas internacionais a disputa por uma fatia na Angra 3. O governo espera lançar um edital até o fim do ano e assinar contrato com o novo sócio no segundo semestre de 2020.