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04/07/2019 às 08h43min - Atualizada em 04/07/2019 às 08h43min

Polícia Civil detém 35 integrantes de organização criminosa durante a Operação Welfare

Ação teve o objetivo de desarticular célula responsável por usar o dinheiro do tráfico de drogas para captar novos membros para o crime organizado

SSP
Os resultados foram divulgados durante coletiva de imprensa (Foto: Nathalia Pagliarini)
A Polícia Civil deteve 35 integrantes de uma organização criminosa, sendo 19 mulheres, durante a Operação Welfare, deflagrada nesta quarta-feira (03), na Capital, Grande São Paulo e cidades do interior do Estado. A ação teve como objetivo desarticular uma célula que usava o dinheiro do tráfico de drogas para atrair novos membros com a oferta de benefícios.

"Essa foi mais uma operação para desestabilizar uma facção que realizava a lavagem de dinheiro dentro do Brasil", disse o delegado geral de polícia, Ruy Ferraz Fontes.

Os trabalhos foram realizados por agentes do Departamento de Polícia Judiciária do Interior 8 (Deinter- 8) – região de Presidente Prudente – com apoio de policiais civis de outras regiões e do Grupo de Intervenção Rápida (GIR), da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), além de auxílio do Ministério Público.

Ao longo das diligências, foram cumpridos mandados de prisão temporária e de busca e apreensão. Também foram bloqueadas contas bancárias de pessoas envolvidas no esquema. 

"O plano de fundo de qualquer investigação é a lavagem de dinheiro. A intenção é desidratar aos poucos, e de maneira crescente, a organização criminosa", destacou o delegado Pablo Rodrigo França, titular da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Presidente Prudente.

Célula “Sintonia de Ajuda”

Segundo apurações realizadas pelo período de seis meses, a célula da organização criminosa, intitulada “Sintonia de Ajuda”, captava novos integrantes por meio dos valores conseguidos com a comercialização de entorpecentes.

De acordo com o delegado França, a célula tinha aliados fora dos presídios que cediam suas contas bancárias para a lavagem de dinheiro em troca de um salário mensal. Foi constatado que a célula movimentava cerca de R$ 280 mil por mês com o esquema.

Paralelo a isso, gerentes da organização, dentro de unidades prisionais, identificavam pessoas que tinham algum tipo de necessidade durante as visitas e faziam uma ponte entre elas e a facção.

Por fim, a célula ajudava essas pessoas de várias formas, como o pagamento de despesas das mais variadas ou empréstimos. Em contrapartida, as esposas, companheiras e outros familiares dos presos emprestavam suas contas bancárias para lavagem de dinheiro ou outros favores solicitados.
 
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