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26/06/2019 às 10h16min - Atualizada em 26/06/2019 às 10h16min

Casal é preso por manter idosa de 63 anos em cárcere privado por 20 anos

Vida e Estilo
Foto: Divulgação
Um casal foi preso pela Polícia Civil de Vinhedo acusado manter uma idosa de 63 anos em cárcere privado por, pelo menos, 20 anos. O caso só foi descoberto porque a polícia foi até a casa dos acusados por conta de uma denúncia de estelionato.

A vítima era mantida em situação análoga à escravidão e obrigada a cuidar da mãe da mulher presa, de 88 anos, sem receber nenhum salário ou benefício pela função. A mulher relatou ainda ser agredida pelo casal.
 
De acordo com a investigação, a vítima viu os agentes e pediu ajuda. Estranhando a situação, os policiais conduziram o casal até a delegacia para prestar depoimento. Lá, os agentes descobriram que a vítima é de Colorado (PR), e que já havia um boletim de ocorrência por desaparecimento registrado pela família.

Elcio Pires Junior e Marina Okido retinham os documentos da vítima e a mantinham em uma casa de dois cômodos sem acesso à rua. Ela veio do Paraná para o estado de São Paulo trabalhar como empregada doméstica com o casal, primeiro em Campinas e depois em Vinhedo, mas nunca recebeu nenhum salário.

“Ela não tinha contato com o mundo exterior. Ela tinha um isolamento social absurdo. Ela não saía da residência, não falava com ninguém a não ser com os autuados e com a senhora idosa”, afirmou a delegada Denise Margarido.

ESTELIONATO

O casal utilizava uma conta aberta no nome da vítima para aplicar pequenos golpes em comércio no bairro Vila João XXIII. Segundo a polícia, eles passavam a dar cheques em lojas para praticar o estelionato.

Os dois foram presos e serão indiciados por estelionato, tortura e cárcere privado. A idosa de 88 anos que era cuidada pela vítima estava muito debilitada e foi encaminhada para a Santa Casa de Vinhedo. Já a mulher de 63 anos, mantida em cárcere privado, foi levada para um abrigo municipal.

Marina Okido tinha passagem por agressão na décadas de 1970, enquanto Elcio Pires não tinha antecedentes criminais.

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