AtaNews Publicidade 728x90
03/04/2019 às 11h40min - Atualizada em 03/04/2019 às 11h40min

Google+ está oficialmente morto

A saga da rede social chega ao seu fim não com uma explosão, mas com um soluço

Olhar Digital
Foto: Divulgação
Esta terça-feira, 2, marcou o fim de um experimento que não deu certo. É a pá de cal final na história do Google+, a fracassada tentativa do Google em se estabelecer como uma potência no mercado de redes sociais e competir pelo espaço ocupado pelo Facebook.

A partir desta terça-feira, você não encontrará mais referências à rede social. Você não poderá mais acessar páginas da rede social, não poderá acessar comunidades, não haverá mais sistemas de comentários do Google+ ou botões de login com a rede social. Se você não fez o backup até a semana passada, seus dados também foram excluídos.

É um fim triste para um projeto ambicioso. Lançada em 2011, a plataforma vinha preencher um vácuo na linha de serviços do Google. A companhia tinha o Orkut na época, mas a rede social jamais engrenou fora do Brasil e da Índia. A proposta do Plus era seguir um caminho mais próximo do que o Facebook oferecia, com um feed similar, composto por publicações de páginas e amigos.

Como tudo que o Google propunha na época, houve entusiasmo inicial. Assim como a empresa havia feito com o Orkut, seu lançamento foi fechado para quem tinha convites, o que por si só já atiça a curiosidade. Os convites chegaram a ser leiloados no eBay, e a empresa chegou a interromper completamente o acesso de novos usuários por alguns instantes por causa da alta demanda. Era um início promissor.

No entanto, logo esse entusiasmo se dissipou. As pessoas perceberam que não precisavam de um segundo Facebook e continuaram usando o Facebook original, o que transformou o Google+ em uma cidade fantasma em pouco tempo. Esse estigma se manteve até o fim de sua vida útil.

O Google tentou trazer mais pessoas para a rede social vinculando-a aos seus outros serviços, mas isso teve um efeito negativo inesperado. O número de “usuários” cresceu, sim, mas as pessoas não só continuaram não usando o Google+, como também passaram a ativamente odiá-lo. O maior exemplo aconteceu quando o serviço passou a ser obrigatório para comentar no YouTube, o que gerou ondas de protestos por parte do público.

O Google+ jamais se recuperou de sua impopularidade inicial, agravada com o fato de que a empresa tentava empurrá-lo goela abaixo dos usuários de seus outros serviços. Em seus últimos dias, o Google dizia que o tempo médio de uma sessão no app da rede social era de 5 segundos. Ou seja: as pessoas só abriam o aplicativo por acidente e o fechavam quase imediatamente. Para comparação, o tempo médio por sessão do Facebook é de 20 minutos.
 
Link
Tags »
Notícias Relacionadas »
Comentários »