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01/04/2019 às 14h40min - Atualizada em 01/04/2019 às 14h40min

Maior parte dos atendimentos do Pronto Socorro Municipal de Araçatuba não é de urgências e emergências

Levantamento divulgado pelo vereador Dr Flávio Salatino indica que as 10 principais diagnósticos registrados no PSM poderiam ser atendidas nas UBSs

Dr Flavio Salatino
Assessoria de Imprensa, Marcelo Teixeira
 Dor de cabeça, diarreia, tosse, resfriado, hipertensão, dor de barriga, dor em pernas e braços, dor de garganta, amigdalite, e causas desconhecidas e não especificadas. Estas foram as dez principais causas de atendimento no Pronto Socorro Municipal PSM) de Araçatuba (SP), no segundo semestre do ano passado. Os dados fornecidos pela Secretaria Municipal de Saúde ao vereador Dr. Flávio Salatino indicam que 57,44% dos quase 69 mil atendimentos realizados no período não são urgências ou emergências.

 As informações confirmam a percepção do vereador, que é cardiologista e já atendeu no PSM, de que a maior parte dos atendimentos pode e deve ser feito nas 19 UBSs (Unidades Básicas de Saúde) do município. "Isso desafogaria o Pronto Socorro, melhorando significativamente os serviços prestados à população", analisa Salatino, que abordou o assunto durante a mais recente sessão da Câmara Municipal (8ª Sessão Ordinária, de 25/03).


 
O maior registro de atendimento, com 31,29% do total, são de causas desconhecidas e não especificadas, situação que rende críticas profissionais de Salatino. "Não é razoável concluir que a maior parte das pessoas que vão ao Pronto Socorro não recebe um diagnóstico do problema que as fez ir até lá. Isso precisa ser revisto por parte de quem administra o PS e por parte dos médicos, com a utilização de modernas ferramentas técnicas e tecnológicas, assim como de conhecimento, que permitam ao profissional médico precisar o diagnóstico", reflete.

 
Em sua análise, o vereador ressalta ainda que o custo de cada atendimento precisa ser considerado para equalizar a qualidade do serviço prestado à população. "Basicamente, quando dividimos o valor mensal do contrato da Prefeitura com a Irmandade Santa Casa de Birigui, que é de R$ 1.455,303,00, pelo número de atendimentos do relatório (68,900), chegamos ao custo de R$ 126,73, por usuário atendido. E não estou colocando aqui o valor gasto com o aluguel do prédio, servidores cedidos pelo Executivo etc., que faz com que esse valor unitário seja mais alto. Para efeito de comparação, no AME (Ambulatório Médico de Especialidades), o atendimento sai, em média, R$ 25,00 por atendimento. Ou seja, pelo valor que Araçatuba investe no Pronto Socorro, a resultado deveria ser melhor do que esse que nos é apresentado".



 Após exposição do levantamento e de suas considerações, Salatino, que faz parte da Comissão Permanente de Saúde do Legislativo, espera que a Administração Municipal tome providências para solucionar a questão. "Isso passa por uma campanha de conscientização e sensibilização de todos os moradores, e essa iniciativa deve partir da Prefeitura. Além disso, a grande parte dessas pessoas que procura o Pronto Socorro faz isso à noite, fora do expediente ou nos finais de semana. Ou seja, se as UBS ficassem abertas por mais tempo, em horário estendido, como vem ocorrendo atualmente com algumas delas, em razão da dengue, tenho certeza que a situação seria diferente", comenta.
 
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