Dentes mal alinhados podem ser tratados com o uso de aparelho invisível

Mastigação e deglutição prejudicada de alimentos; desgaste dentário; dores na cabeça e ouvido; desconforto nos músculos e articulações da face; respiração pela boca; doenças periodontais como a gengivite, cárie e tártaro; assimetria facial e a alteração na pronúncia de palavras, são alguns dos principais problemas que podem ser causados por dentes tortos ou mal posicionados. 
 
Existem três variações de dentes desalinhados, são elas, a má oclusão dentária (alinhamento anormal entre os dentes superiores e inferiores), o diastema (espaços entre os dentes frontais da boca), e o apinhamento (falta de espaço para a acomodação de todos os dentes na arcada dentária). O cirurgião dentista e especialista em endodontia e ortodontia, Carlos Cordeiro, explica que o posicionamento dental inadequado pode ser ocasionado por questões genéticas e pela prática de maus hábitos como a sucção de chupetas e dedo; o costume de ranger e apertar os dentes; e a mania de roer as unhas e empurrar a língua entre os dentes, dentre outros.
 
Segundo o cirurgião dentista, ainda que contribua para o desenvolvimento de diversos distúrbios e doenças na boca, os dentes mal alinhados provocam maior incômodo por seu aspecto estético, fazendo com que a maioria dos pacientes com essa condição procurem por tratamentos. “A correção da disposição e posição dos dentes pode ser feita por meio da colocação de aparelhos ortodônticos de metal, realização do procedimento de contorno e remodelagem estética dos dentes, e mais recentemente, pelo uso do Invisalign (conjunto de alinhadores transparentes). O último se mostra como uma grande novidade no mercado, pois, por ser um aparelho ortodôntico invisível possibilita que o alinhamento dos dentes seja realizado de maneira confortável, eficaz e sem causar constrangimentos ao paciente”, sugere.
 
Para dar início ao tratamento com o Invisalign, o dentista faz uma avaliação da cavidade bucal e do histórico odontológico do paciente. Após exames, a carga dental é escaneada digitalmente e a partir daí é criado um planejamento da terapêutica a ser aplicada. “Neste momento são feitas imagens tridimensionais da área e com o auxílio de um software é possível simular e visualizar todas as etapas do planejamento de movimentação dos dentes a serem feitas pelo aparelho. Com base nestas informações, é confeccionado um conjunto de alinhadores já nas dimensões especificas da boca do paciente”, explica.
 
Confeccionadas em acrílico transparente, as placas alinhadoras se encaixam em torno dos dentes, sem causar desconforto ou dor. Com uma estrutura removível, as placas do aparelho ortodôntico invisível, geralmente, são substituídas duas vezes por mês até que o alinhamento ocorra por completo. “O que acontece é que ao longo do tratamento, os alinhadores aplicam uma pressão específica nos dentes e isso faz com que os mesmos se direcionem para as suas posições corretas. A cada vez em que o paciente volta ao dentista para fazer a troca, a nova placa adquire uma diferença na posição dos dentes em relação à anterior e é justamente isso que ajuda na movimentação”, esclarece.
 
De acordo com Carlos Cordeiro, ainda que desempenhe a mesma função de aparelhos tradicionais, o Invisalign oferece benefícios significativos como a discrição e imperceptibilidade dos alinhadores; o conforto e a preservação da mucosa bucal ao longo de seu uso; a facilidade de remoção do aparelho para a mastigação de alimentos e limpeza dos dentes e gengiva; o alto índice de eficácia, e por fim, a melhora e resguardo da autoestima durante e após a concretização do tratamento. 
 
Passível de ser utilizado por pacientes de todas as idades, desde crianças até idosos, o Invisalign é recomendado para pessoas que desejam realizar correções simples em dentes separados, encavalados ou mau posicionados, ou mesmo, para quem precisa fazer intervenções mais difíceis e complexas. “É precisar se atentar para o fato de que o tratamento deve ser feito por dentistas qualificados e que tenham experiência com esse tipo de técnica ortodôntica”, ressalta.