O ex-governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), tornou-se réu por organização criminosa e corrupção passiva, por conta de um processo que investiga pagamento de propina por empresas de pedágio no estado. A Justiça aceitou a denúncia que foi divulgada no domingo (10).
Além do ex-governador do Paraná, outras nove pessoas também serão julgadas pelos mesmos crimes. Trata-se da denúncia que investiga o núcleo político.
Segundo o MPF, o esquema desviou R$ 8,4 bilhões por meio do aumento de tarifas de pedágio do Anel de Integração, e de obras rodoviárias não executadas. Segundo os procuradores, a propina paga em troca de benefícios foi estimada em R$ 35 milhões.
Em janeiro, Beto Richa chegou a ser preso na 58ª fase da Operação Lava Jato, mas foi solto por decisão do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro João Otávio de Noronha. Na época, a defesa de Richa disse que ele sempre colaborou com as investigações e estava a disposição para fazer esclarecimentos quando solicitado.
Além de réu nessa denúncia, Richa também foi denunciado na Operação Rádio Patrulha, que investiga um esquema de propina para desvio de dinheiro por meio de licitações no programa “Patrulha do Campo”.
