07/01/2019 às 17h08min - Atualizada em 07/01/2019 às 17h08min
Quando – e por que – o rosa se tornou cor de menina?
Super Interessante
(Blend Images - King Lawrence| Getty Imagens/Getty Images) O
rosa só se estabeleceu de vez como uma cor feminina na década de 1980. Mas o caminho até lá foi longo. Acompanhe a história:
Durante séculos, as tinturas para roupa eram muito caras e crianças de qualquer gênero usavam vestidos brancos até uns 6 anos de idade. Os tons pastéis – entre eles, o rosa e o
azul – só começaram a ser associados a crianças no início do
século 20, pouco antes da
1ª Guerra Mundial. Na época, porém, ainda não havia uma
distinção de gênero estabelecida. Havia até quem defendesse o oposto da norma que vigora hoje: uma artigo de 1918 da Earnshaw’s Infants’ Department dizia que rosa era para meninos e azul para meninas. Isso porque o
rosa seria uma cor mais “forte e decidida”; já o
azul, mais “delicado e amável”. Perceba que só muda a paleta de cores: o machismo implícito à explicação está lá, intacto.
Em 1927, após uma pesquisa em diversas lojas de departamento norte-americanas, a revista Time concluiu que a dicotomia entre
rosa e
azul não era unanimidade: três lojas recomendavam rosa para meninos, outras três, para meninas. Uma última recomendava rosa para ambos, sem distinções.