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19/12/2018 às 16h19min - Atualizada em 19/12/2018 às 16h19min

Notas do Ensino Médio no Saresp crescem pelo 3º ano em Língua Portuguesa e Matemática

Resultados das provas, realizadas em novembro, pela primeira vez são divulgados no mesmo ano da aplicação

Secretaria da Educação do Estado de São Paulo
Foto: Divulgação
As notas do Ensino Médio do Saresp (Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo) cresceram pela terceira vez consecutiva em Língua Portuguesa e Matemática. Os resultados foram anunciados nesta quarta-feira (19) pelo governador Márcio França e o secretário João Cury. As provas foram realizadas nos dias 27 e 28 de novembro. Pela primeira vez as médias são divulgadas antes do encerramento do ano letivo, o que facilitará o planejamento das escolas.        Comparada à edição de 2017, em Língua Portuguesa o aumento foi de 4,3 pontos (de 274,5 para 278,8) no Ensino Médio – o melhor desempenho da disciplina na história do ciclo no Saresp. Do mesmo modo, houve avanço em Matemática: 278,6 contra 278,3 (0,3 ponto). Em 2016, as notas foram respectivamente, 273,0 e 278,1.

“As notas Saresp 2018 sintetizam o esforço conjunto de alunos, professores e servidores para garantir uma educação de qualidade em todo Estado. O ano foi de ouvir as necessidades da rede e, em tempo recorde, entregar as devolutivas e oferecer aos docentes novos cursos de capacitação presenciais na Escola de Formação e Aperfeiçoamento dos Professores (Efap). O resultado disso está visível no crescimento das notas do Ensino Fundamental e Médio”, explica João Cury.

A avaliação também foi positiva para o Ensino Fundamental Anos Iniciais e Finais. No 5º ano, os estudantes obtiveram 217,0 em Língua Portuguesa e 227,4 em Matemática (no ano anterior foi 214,3 e 223,8). Já o 7º ano conquistou o melhor resultado das 21 edições do exame da etapa nas duas disciplinas. A média registrada foi de 226,0 em Língua Portuguesa e 231,5, Matemática.

O 9º ano conseguiu o maior crescimento de Língua Portuguesa. Saltou de 242,5 em 2017 para 249,6 em 2018 (7,1 pontos a mais). Por outro lado, teve o pior rendimento em Matemática entre todas as séries avaliadas. A média caiu de 256,7 para 255,6 (diferença de 1,1 ponto).

Língua Portuguesa

Médias da rede por ano da prova
  2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
5º EF 190,4 195,0 197,6 199,4 203,7 212,7 218,6 214,3 217,0
7º EF 203,7 208,1 210,6 208,7 211,6 221,4 222,9 225,8 226,0
9º EF 229,2 229,6 227,8 226,3 231,7 237,8 237,4 242,5 249,6
3ª EM 265,7 265,7 268,4 262,7 265,7 267,8 273,0 274,5 278,8
 
Matemática

Médias da rede por ano da prova
  2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
5º EF 204,6 209,0 207,6 209,6 216,5 223,6 222,4 223,8 227,4
7º EF 212,1 216,6 215,4 214,9 215,1 227,4 227,5 228,4 231,5
9º EF 243,3 245,2 242,3 242,6 243,4 255,5 251,0 256,7 255,6
3ª EM 269,2 269,7 270,4 268,7 270,5 280,8 278,1 278,3 278,6
 
Repasses para creches, APAEs e grêmios

Nesta quarta-feira, também foi apresentado o último pacote da educação paulista do ano, que inclui: construções de novas creches em parceria com prefeituras; aumento no valor do repasse às APAEs (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) e decreto para realização das avaliações diagnósticas dos alunos; assinatura das resoluções que institucionalizam o programa Orçamento Participativo Jovem e o grupo de trabalho especial para escolas de campo; além da nomeação de mais 397 diretores de escolas aprovados em concurso público.

Mais 32 unidades de Educação Infantil

 Para o Programa Creche Escola, responsável por ampliar o acesso à educação infantil, o governo estadual autorizou a construção de 12 prédios em 12 municípios (Alambari, Barra do Turvo, Cesário Lange, Garça, Ibiúna, Ilha Comprida, Iperó, Itanhaém, Jacupiranga, Pardinho, Rubiácea e Ubarana) com valor total de R$ 21,7 milhões. Juntas as unidades têm capacidade para atender 1,5 mil crianças com idade entre 0 e 5 anos.

Durante o evento foram assinados mais 20 convênios com prefeituras (Ariranha, Bertioga, Canas, Carapicuíba, Casa Branca, Colina, Conchal, Coroados, Gastão Vidigal, Itaóca, Limeira, Mauá, Paulicéia, Pedreira, Peruíbe, Santo Antônio da Alegria, São Vicente, Tietê, Torrinha e Ubirajara). Todas as escolas da iniciativa possuem salas pedagógicas e refeitório e são equipadas com berçários e fraldários. Serão destinados R$ 56,6 milhões

Autonomia financeira dos grêmios estudantis

 Após a experiência positiva neste segundo semestre, a Secretaria da Educação decidiu institucionalizar, por resolução, o programa Orçamento Participativo Jovem. A proposta é que os grêmios continuem a receber uma verba própria. Em 2018, cada escola foi responsável por administrar cerca de R$ 5 mil (no total, R$ 25,5 milhões). Antes do repasse, os estudantes tiveram um prazo para identificar as demandas internas e elaborar os planos de ação.

As sugestões foram submetidas à análise da Secretaria e em outubro os valores foram depositados nas contas das associações de pais e mestres (APM). Dessa forma, os alunos são protagonistas dentro do ambiente escolar e tiram do papel projetos que vão beneficiar a própria comunidade.

Escolas do Campo

Além das agremiações estudantis, a Secretaria institucionalizou a formação de um grupo de trabalho para elaborar o Plano Estadual de Educação do Campo com representantes da rede paulista, Assembleia Legislativa, secretarias de governo, sociedade civil e Instituto de Terras do Estado de São Paulo (ITESP).

O GT também é responsável por organizar a versão para escolas de comunidades assentadas e remanescentes do Orçamento Participativo. Nesse caso, no lugar dos grêmios, quem decide é a comunidade como um todo (professores, gestores, alunos e famílias). Neste ano, 17 unidades receberam R$ 850 mil para aquisição de bens permanentes e de consumo e serviços de manutenção.

Nomeação de diretores

No próximo ano letivo, mais 397 diretores aprovados no último concurso público assumirão os cargos. Os nomeados desta quarta-feira se somam aos outros 1 mil profissionais que chegaram à rede em janeiro. Todos deverão também participar do Curso Específico de Formação ministrado pela Escola de Formação e Aperfeiçoamento dos Professores do Estado de São Paulo (Efap).

O programa tem carga horária de 360 horas e é voltado às habilidades de gestão. Estão previstas ainda avaliações anuais sobre comprometimento com as ações da rede estadual e a comunidade escolar, responsabilidade, produtividade, assiduidade e disciplina. O diretor cujo desempenho for considerado insatisfatório poderá perder o cargo. Em São Paulo, o salário inicial é de R$ 4.107,08 (R$ 3.042,28 + gratificação de R$ 1.064,80).

Professores readaptados

Para os professores readaptados, aqueles que por motivo de saúde estão fora da sala de aula ou em outras funções, a Secretaria formalizou o Projeto de Reambientação. O programa estabelece um período de transição obrigatório entre o fim do afastamento e o retorno às atividades do cargo. Durante o prazo de 60 dias, os docentes deverão realizar um curso de atualização na Escola de Formação e Aperfeiçoamento dos Professores (Efap) com calendário próprio e foco nas habilidades socioemocionais.

Os readaptados também terão suporte dos professores coordenadores para rever a Proposta Pedagógica da Escola (PPP), proposta curricular, metodologia de ensino, instrumentos de avaliação de aprendizagem e recuperação contínua das unidades de ensino onde voltarão a atuar.

Avaliação de alunos da educação especial

A Secretaria da Educação definiu que, a partir de agora, as entidades atuantes em educação especial serão responsáveis pela avaliação diagnóstica dos alunos. As equipes multiprofissionais desses parceiros definirão a modalidade de atendimento de crianças e jovens (inserção em escolas estaduais ou centros especializados), de acordo com os termos estabelecidos pela Secretaria e Conselho Estadual de Educação.

Já para a continuidade do atendimento pedagógico nas APAEs (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) e em entidades assistenciais de deficientes intelectuais, o governo estadual fará um reajuste de 4,66% no valor per capita em 2019 – de R$ 4.304,32 para R$ 4.055,32. Mudanças também na forma de pagamento desses parceiros. No próximo ano, a transferência será efetuada em quatro parcelas (hoje são três), sempre liberadas após a prestação de contas da anterior. A medida atende a um pedido das entidades, que poderão planejar melhor seus orçamentos.

 
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