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14/12/2018 às 14h57min - Atualizada em 14/12/2018 às 14h57min

Temporada 2018 confirma queda da Samsung no mercado de intermediários

TecMundo
Foto: Imagem Ilustrativa
Embora a Samsung continue na frente entre as fabricantes mundiais de smartphones, com nada menos do que 71,5 milhões de aparelhos distribuídos no segundo trimestre deste ano, segundo dados do IDC, o ano não foi assim de tanta celebração para a companhia. A sul-coreana vem perdendo bastante espaço para as rivais chinesas no mercado de intermediários e, ainda que ela não apresente os dados oficiais para confirmar isso, há outras evidências que confirmam essa mudança de status comercial em 2018.

O gráfico abaixo, do IDC, mostra como a Sammy saiu de um excelente desempenho no terceiro trimestre de 2017, com o lançamento do Galaxy Note 8, para vendas mais baixas com o Galaxy S9 no início desta temporada — e o envio de unidades abaixo do esperado na franquia top de linha também afetou as linhas abaixo, de intermediários.

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No Q2 2018, a Samsung viu sua receita cair 4% na comparação com o Q2 2017 e ainda mais em relação ao Q3 2017, cerca de 13,4%. “Embora isso ainda seja suficiente para manter a posição de liderança no mercado, a empresa segue perdendo participação. O lançamento do Galaxy Note 9 foi bem-sucedido e o dispositivo continua tendo alta nas vendas. No entanto, o maior desafio da Samsung é o terreno que eles estão perdendo entre os aparelhos intermediários e de entrada”, avalia o IDC.

A ascensão das chinesas no mercado intermediário
Basta dar uma olhada nas configurações dos aparelhos e os preços para notar que as companhias chinesas têm conseguido entregar especificações que antes eram exclusividade “intermediários premium” para uma faixa mais modesta — e com valores sedutores, especialmente para os chamados mercados emergentes, a exemplo do Brasil e da Índia.

Samsung vem tentando incrementar a série A com atributos diferentes, mas ainda não converteu as novidades em vendas

Fabricantes como OnePlus, Xiaomi, Honor e Huawei estão conseguindo trazer os mesmos processadores que integram os aparelhos mais sofisticados da Samsung, mas pela metade do preço. Além disso, a própria Sammy parece estar deslizando um pouco em suas estratégias com a série A. A sul-coreana vem tentando implementar novidades e trazer diferenciais — como mais tela e menos borda, sem notch, com o “buraco” na tela do Galaxy A8s; ou as quatro câmeras do Galaxy A9 (2018).

“Os recentes anúncios de renovação do portfólio de produtos para trazer novos recursos podem ajudá-la. A Samsung provavelmente vai se dedicar aos novos dispositivos da série A para preencher as lacunas deixadas na camada intermediária em vários mercados”, analisa o IDC. E isso inclui também estratégias de marketing e de venda, como especificações e preços especiais para determinadas regiões.

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Obviamente que a Sammy continua gigante e tem recursos para recuperar mercado. Mas, para isso, ela precisa se concentrar em atributos que melhorar — a exemplo de popularizar telas Super AMOLED em intermediários, estabelecer e cumprir um bom calendário de updates e melhorar o ajuste de software, a qualidade e o recursos das câmeras para os dispositivos desse filão. E, claro, um pouco mais de criatividade e inovação não fariam mal a ninguém.
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