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07/12/2018 às 16h56min - Atualizada em 07/12/2018 às 16h56min

Construção civil mira retomada do crescimento em 2019

Expectativa do setor é que a mudança de governo resulte no aumento de investimentos e de vendas de empreendimentos imobiliários

Karol Verri
Assessoria de Imprensa
(Sindicato da Indústria da Construção Civil), Aurélio Luiz de Oliveira Júnior.
Indicador natural da situação econômica do país, a construção civil passou por um período de estagnação nos últimos anos, mas a expectativa é que a melhora do cenário comece já no primeiro semestre de 2019. Com a mudança de governo, os empreendedores do setor esperam que o consumidor se sinta mais seguro para investir na compra de imóveis.

No mês de outubro, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou que a confiança da construção civil aumentou depois da eleição de Jair Bolsonaro. O índice registou alta de 1,5 pontos e foi a 81,8. A expectativa é que esse número continue subindo. "Apesar do novo presidente só assumir oficialmente em janeiro, já há uma sensação de confiança e entusiasmo entre empresários e consumidores, atores principais para a movimentação da economia. Esse novo panorama vai resultar no aumento de vendas e de investimentos, o que contribuirá com a retomada do crescimento das empresas do setor imobiliário", afirma o presidente do Sinduscon OESP (Sindicato da Indústria da Construção Civil), Aurélio Luiz de Oliveira Júnior.

Economistas apontam que a tendência é que haja melhora no mercado com um todo, isso porque as vagas de emprego devem ficar em alta, assim como a renda do trabalhador. E isso, sem contar a queda dos juros aplicados nos financiamentos. A taxa Selic, que baliza a economia e os financiamentos de todos os tipos, atualmente está em 6,5% ao ano, no menor nível da série histórica do Banco Central. Com a taxa menor, em tese, os bancos repassam essa queda e diminuem os juros do financiamento imobiliário, como ocorreu ao longo deste ano, especialmente com a Caixa Econômica Federal. Os bancos particulares também passaram a se adequar a essa nova realidade.

"Em 2018, tivemos uma das piores crises que já presenciei, mas com a eleição de um novo presidente, que prometeu passar o país a limpo, tivemos uma injeção de ânimo e a construção civil já apresenta sinais de uma retomada, tímida ainda, mas sem as angústias das incertezas. Para 2019, acredito na retomada do crescimento, afinal de contas, a construção civil é um dos setores que mais gera empregos e impulsiona o crescimento do país", comenta a presidente da Associação dos Engenheiros e Arquitetos da Alta Noroeste (AEAN), Gisele Sartori Bracale.

Visando a retomada do crescimento as construtoras começam a tirar projetos da gaveta e colocá-los em prática. "Acreditávamos que o mercado estaria mais aquecido a partir do segundo semestre de 2019, mas estamos antecipando essa expectativa. O fato é que, passada a eleição, percebemos que o mercado financeiro e a sociedade, de uma forma geral, estão confiantes no desenvolvimento do Brasil. As expectativas são realmente muito boas", comenta o diretor do Sinduscon OESP, Reinaldo Roberto Dainese. Em Araçatuba, os filiados ao sindicato têm, juntos, cerca de 20 empreendimentos em construção, e podem lançar pelo menos mais quatro em 2019, caso as perspectivas se confirmem.

O Sinduscon OESP
 O Sinduscon OESP foi fundado em 1991, abrange os 42 municípios da região administrativa de Araçatuba, e possui atualmente cerca de 30 associados, dentre empresas de obras residenciais, comerciais, industriais, habitação popular, obras públicas e privadas. As principais atribuições do sindicato são assessorar os associados em suas necessidades técnicas e operacionais de construção civil, assim como representa-los coletivamente em situações administrativas, legislativas e jurídicas, e também emitir e divulgar pareceres sobre projetos de qualquer natureza, que digam respeito, direta ou indiretamente, aos seus interesses
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