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13/11/2018 às 15h57min - Atualizada em 13/11/2018 às 15h57min

Estados Unidos acusam China de violar acordo contra a espionagem cibernética

CanalTech
Foto: Divulgação

O governo dos Estados Unidos acusou a China de violar os termos de um acordo contra a espionagem cibernética, assinado entre os países em 2015 com o objetivo de reduzir a ameaça digital entre os dois. De acordo com Rob Joyce, porta-voz da NSA (Agência de Segurança Nacional, na sigla em inglês), o país rival está claramente acima dos limites impostos pelo tratado, apesar de não existirem provas claras desse descumprimento.

De acordo com Joyce, a China age de forma a invadir sistemas governamentais e corporativos na tentativa de obter dados confidenciais ou sigilosos da administração pública ou praticar espionagem industrial. É esse último aspecto, justamente, o principal do acordo firmado há três anos entre o então presidente dos EUA, Barack Obama, e o atual líder chinês, Xi Jinping. A ideia era acabar com ataques digitais com cunho econômico e julgar com mais rigor os hackers de ambos os países envolvidos em casos desse tipo.

A afirmação da NSA foi refutada com veemência pelo governo da China. Em declaração oficial, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do país, Hua Chunying, pediu que os Estados Unidos parem com as “críticas infundadas” e respeite o acordo de cooperação, de forma a garantir que os interesses compartilhados de ambos sejam garantidos.

Na mesma declaração, a porta-voz da agência americana ponderou que, apesar das atividades chinesas irem além dos termos do acordo assinado entre os países em 2015, o número de ataques cibernéticos voltados para espionagem caiu drasticamente ao longo dos últimos três anos.

Parte disso, entretanto, é atribuído às sanções e proibições colocadas sobre o uso de equipamentos fabricados na China em prédios e infraestrutura pública. Além disso, vale lembrar que o tratado firmado entre Obama e Jinping tem a ver com a guerra digital voltada, especificamente, para espionagem industrial e fins econômicos, não incluindo também as atividades relacionadas à inteligência.

Estados Unidos e China se encontram em um grande conflito nesse sentido, com a troca de bravatas entre líderes e sanções sendo aplicadas no país ocidental a marcas como a Huawei, por exemplo. Enquanto isso, o governo asiático responde com ameaças de mais bloqueios econômicos, com a batalha deixando a possibilidade de um acordo cada vez mais distante.
 

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