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05/11/2018 às 10h34min - Atualizada em 05/11/2018 às 10h34min

10 anos após a morte, doação que paciente pretendia dar à Santa Casa é encontrada em seus pertences

Santa Casa de Araçatuba
Foto: Divulgação
A coordenadora da Pastoral da Saúde, grupo voluntário que atua há vários anos na Santa Casa de Araçatuba foi chamada para receber um doção incomum, nem tanto pelo valor, mas pelo tempo que separou a motivação de quem pretendeu ofertá-la e a chegada ao destino pretendido: exatamente 10 anos.

A descoberta de R$ 100,00 (duas notas de R$50,00), o tesouro que o aposentado José Luiz Godoy Filho juntou e deixou em uma bolsa com a recomendação para que uma das filhas doasse à Santa Casa de Araçatuba, ocorreu na semana passada. A dor pela perda e o demais acontecimento que certamente ocorreram contribuíram para que ela esquecesse o pedido que o pai havia feito.   “Ela estava conversando com sua irmã e relembrando o pai que faleceu há 10 anos, quando se recordou do pedido que José Luiz havia feito”, contou Maria Ionice Zucon, coordenadora da Pastoral da Saúde.

Imediatamente as filhas foram procurar dentre os objetos que o pai usava e que haviam sido guardados como recordação. As duas notas com a recomendação foram encontradas em uma bolsinha que ele usava constantemente.   O passo seguinte foi comunicar a doação ao hospital e o pedido para que um representante devidamente autorizado pelo hospital fosse buscar o dinheiro.

“Quando cheguei no local fui recebida por um neto do sr. José. Ele estava emocionado e explicou que a quantia não era expressiva, mas o valor emocional era imenso”, relembra a voluntária. Eduardo, o neto do doador, explicou que o avô foi internado várias vezes na Santa Casa de Araçatuba “e foi sempre muito bem atendido por isso ele tinha muito carinho pelo hospital e decidiu deixar o máximo que ele conseguiu guardar”, contou à voluntaria.  Considerando que em 2008 o salário mínimo era R$ 415,00, os R$ 100,00 separados para a doação, correspondiam à quase 25% do mínimo no país.

Muito emocionada também, a coordenadora da Pastoral da Saúde classifica o desejo do senhor José Luiz em ajudar o hospital, deixando o seu melhor, “como a verdadeira doação; nos reporta à oferta da viúva que ofertou na sinagoga algumas moedinhas, mas era tudo o que ela tinha e agradou Jesus que estava presente naquela celebração”. 
 
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