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22/10/2018 às 14h34min - Atualizada em 22/10/2018 às 14h34min

Gatos: guia de cuidados para filhotes, adultos e idosos

Informações sobre saúde, alimentação e comportamento dos animais

ANDA - Agência de Notícias de Direitos Animais
Foto: Reprodução
A ciência já comprovou que conviver com animais faz bem ao coração, reduz o estresse, incentiva a prática de atividades físicas e estimula o senso de responsabilidade. Para ajudar você a retribuir tantos benefícios, reunimos as principais informações sobre os cuidados com os gatos, de acordo com as fases da vida dos animais.

Como escolher
Estar ciente da responsabilidade que é ter um animal é fundamental antes de optar por ter um gato. A médica veterinária Martina Lese Hoffmann, especialista em clínica de felinos pela UFRGS, lembra que, quando bem cuidados e sem acesso à rua, eles podem ultrapassar os 18 anos de vida.

É importante levar em conta que serão anos de responsabilidade por aquele gatinho. Apesar de serem animais muito independentes, são também muito apegados aos seus tutores e precisam de diversos cuidados – destaca.

Independentemente da idade do animal, o recomendado é que, assim que ele chegar ao novo lar, seja levado ao veterinário, pois gatos com acesso às ruas são bastante suscetíveis a doenças infectocontagiosas.

Filhotes
Saúde

É fundamental realizar todos os testes para doenças infectocontagiosas. Se estiver tudo certo com a saúde do filhote, aos 60 dias ele pode tomar a primeira dose para doenças virais, seguida da antirrábica. Depois, os reforços devem ser anuais.

Alimentação
Os gatos também devem receber ração própria para sua faixa etária. A principal diferença em relação aos cães é que, por questões fisiológicas, os gatos tomam menos água.

Eles gostam mais de água corrente do que da parada. Então, sugiro a instalação de fontes, que os atraem mais. Além disso, pode-se deixar vários potes de água espalhados pela casa – sugere Isabel Silva, professora de nutrição animal na UniRitter.

Como os gatos têm comportamento narcisista, o uso de potes d’água com fundo de alumínio é recomendado.

Ele gosta de se ver, então isso pode chamar a atenção – diz Isabel.

Comportamento
É na infância que os tutores têm a oportunidade para condicionar os gatinhos à manipulação. A estimulação deve ocorrer nas primeiras semanas de vida: ele pode ser tocado, ter a boca aberta e aprender a brincar sem morder. Isso facilita, no futuro, do corte de unhas até a ingestão de remédios.

É fundamental ter telas em todas as janelas da casa para evitar fugas ou quedas.

Se houver área externa, como coberturas ou pátios, essa atenção deve ser redobrada. Devemos tomar cuidado também na entrada e na saída de portas, pois o perigo para os gatinhos está na rua – lembra Martina Lese Hoffmann.



Adultos
Saúde
Todo o animal saudável deve visitar o veterinário uma vez ao ano para realizar avaliações. Esse cuidado é fundamental para monitorar problemas que podem aparecer ao longo da vida, como doença renal, hipertireoidismo, hipertensão, pancreatite, doença do trato urinário inferior, neoplasias e diabetes.

Alimentação
Os gatos costumam procurar o prato de ração várias vezes ao dia, mas isso não significa que eles podem comer livremente. A porção diária deve ser oferecida de acordo com os hábitos do animal e a disponibilidade do tutor.

Comportamento
Gatos são independentes, mas isso não quer dizer que eles não gostem da companhia humana.

Muita gente escolhe gato por que não precisa passear, mas precisa brincar. Às vezes, eles mudam de comportamento, mordem os tutores. Isso acontece por que querem atenção – comenta a veterinária Isabel Silva.

Para garantir a diversão deles, não precisa muito: uma caixa de papelão furada, varinhas com penas e prateleiras já são um prato cheio para eles.

Gatos também gostam muito de outros gatos. Por isso, a veterinária Ceres Faraco diz que o melhor é sempre adotar uma dupla:

Isso faz com que eles se desenvolvam e brinquem e evita o trabalho de adaptação.

Nesses casos, a dica é imitar a convivência dos peludos na natureza: fêmeas com fêmeas e machos com machos.

Tutores que já têm um gato e desejam ter outro devem pedir ajuda a um veterinário sobre as melhores formas de proceder com a adaptação.

Isso leva tempo. Precisa preparar toda a casa para que eles não se vejam – diz Ceres.

Situações novas – como a chegada de um bebê na família ou mesmo mudanças físicas na casa – devem ser tratadas com cautela. Quando a família tiver filhos, Ceres sugere que o gato tenha sua curiosidade pelo novo saciada: distribua fraldas com o cheiro do bebê pela casa e até mesmo debaixo do prato do animal.

Idosos
Saúde
Seguem as mesmas recomendações dos gatos adultos: visita regular ao veterinário e reforço nas vacinas anualmente.

Alimentação
Ocorre a perda de massa magra, que começa a ser mais rápida após 12 anos. Por isso, é importante manter a alimentação para a faixa etária do animal e estimular as atividades físicas.

Comportamento
Embora possam ficar mais quietos, é fundamental seguir brincando com os animais. Por isso, a importância de ensiná-los na infância.
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