A impressão que causa é que o mal se pereniza no tempo e de nada adiantam as leis protetivas aos animais. Uma dessas nefastas culturas é a rinha de galo que vem de longa data, desrespeitando as leis e desafiando as autoridades. Tal fato é comum, por incrível que pareça, em Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do sul. Esses estados lideram essa onda criminosa, proibida desde 1920, através de um decreto vigente na época, nº 14529, que regulava as casas de diversões públicas. Em 1934, à luz do
Decreto Federal 24645 fora decidido como crime essa nefasta prática contra as aves. Inclusive,
no artigo 3º há o destaque, proibindo essa prática.
Para quem não sabe, o galo é exposto à briga a partir de 1 ano de idade, tendo as penas do pescoço cortadas, além das coxas e partes das asas, tendo também as barbelas e pálpebras operadas, tornando-o mais resistente ao sofrimento. Além disso, é arremessado ao chão com força para fortalecer a musculatura das patas e deixado por longo tempo debaixo de sol intenso. Após tanta crueldade, já esgotado, é colocado dentro de apertada gaiola, sem espaço para se movimentar.
Sinceramente, quem pratica essa maldade deve ter sérios problemas psicológicos, beirando a sociopatia. Um ser humano equilibrado não age dessa forma tão cruel e insana. Infelizmente, as leis protetivas aos animais ainda são incipientes e precisam ser melhor regulamentadas, mais severas, consequentemente, mais punitivas.
Estamos em pleno século XXI e ainda a barbárie se mostra forte, não apenas contra humanos, mas, principalmente, contra os animais, seres tão fragilizados e indefesos. E tamanha crueldade não se limita aos galos; rinha de cães também é comum nos interiores do país. Enquanto o ser humano não for educado, evoluído como um todo, a barbárie existirá. A escola precisa ser o ambiente ou recinto para informar, conscientizar alunos sobre a vida dos animais e direitos que eles têm à vida.
Agora, como diz o professor emérito de Filosofia da Universidade da Carolina do Norte, também ativista na defesa dos animais: "não há esporte na caça, no rodeio, na corrida de galgos, ou qualquer outra atividade comparável a estas. O que existe é a dominação humana, ganância humana, crueldade humana. Numa vida com lugar para o respeito aos direitos dos animais não pode haver espaço para essas barbaridades " (Reagan, 2006:195).
Gilberto Pinheiro é jornalista (24287/DRT - Delegacia
Regional do Trabalho, RJ, palestrante em escolas,
universidades, destacando a senciência e direitos dos animais
EM BREVES PALAVRAS.... CRIMES CONTRA CRIANÇA E SEU CÃO A Rede Record de TV mostrou ontem crimes contra
um menino de 13 anos, covardemente agredido por um adulto
e vizinho, matando, inclusive, o cão dessa criança a pauladas. O fato
ocorreu em Alagoinha/SP. Tentei entrar em contato com a Delegacia de Polícia local
e não consegui. Então, contatei a prefeitura local, explicando o fato,
pedindo que o prefeito intervenha, embora não seja sua atribuição.
Mas, os crimes repercutem muito no país. Vou acompanhar o fato
e, se preciso, entrarei em contato com o Ministério Público de São Paulo,
citando, inclusive, a lei federal
14064/20 que pune com rigor quem maltrata
cães e gatos. NÃO passará incólume! Estou e estarei atento!
GIRAFAS Há poucos dias, 18 girafas foram importadas da África do Sul
para o
BioParque (zoológico do RJ). No entanto, ficaram em quarentena, confinadas
em baias de 40 m² e três delas morreram e o fato também repercute no Brasil. Estavam no
resort Portobello, em Mangaratiba, RJ. As demais após adaptação, serão encaminhadas
ao zoológico. A PF e o MPF estão investigando o fato.
Cada girafa custou 60 mil dólares.
" Onde tiveres teu tesouro, ali estará teu coração "
Mateus 6:21